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Trump e republicanos se enfrentam e Al Gore entra na campanha de Hillary

White Plains, Estados Unidos, 11 Out 2016 (AFP) - Donald Trump abriu uma nova frente de ataque contra o Partido Republicano, acusando seus correligionários de torpedear sua campanha, enquanto Al Gore entrava na cena eleitoral em apoio a Hillary Clinton, a quatro semanas das eleições nos Estados Unidos.




Trump acusou de "deslealdade" o presidente da Câmara de Representantes, a liderança republicana Paul Ryan, depois que ele anunciou na segunda-feira que não defenderia o magnata.

Ryan teme que o partido perca não apenas a Casa Branca, mas também o controle do Congresso.

Tensa desde o início, a relação entre Trump e a cúpula republicana se deteriora rapidamente à medida que Hillary sobe nas pesquisas e que surge um escândalo atrás do outro, envolvendo o polêmico magnata.

A gota d'água para alguns potenciais eleitores e figurões do partido foi a divulgação de uma conversa de 2005, na qual Trump se gaba de usar sua condição de celebridade para assediar mulheres.

Nesta terça, a Casa Branca classificou de "repugnante" a atitude de Donald Trump.

"Assim como a maioria dos americanos, o presidente (Barack Obama) considerou o vídeo repugnante", afirmou o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, acrescentando que muitos consideram as ações descritas por Trump como "violência sexual".

No segundo debate com a democrata Hillary Clinton, transmitido no domingo (9), Donald Trump ainda tentou se recuperar após semanas de controvérsias. O caminho se torna cada vez mais difícil, porém, como o próprio Trump reconheceu nesta terça-feira (11), ao acusar seu partido de fogo amigo.

"É difícil ter bom desempenho quando Paul Ryan e outros oferecem zero apoio", alfinetou.

Os democratas - acrescentou - "são mais leais entre eles" do que os republicanos.

A ex-secretária de Estado segue em uma marcha ascendente: tem 6,5 pontos de vantagem, segundo a média das pesquisas feitas pelo site RealClearPolitics, e lidera em quase todos os estados-chave.

A resposta de Trump veio um dia depois de Ryan ter comentado, em uma teleconferência com outros congressistas, que não poderia "defender" o candidato republicano e que a prioridade do partido agora é manter seu controle do Congresso. A informação é de uma pessoa que acompanhou a reunião.

Já o senador republicano de origem cubana e ex-presidenciável Marco Rubio condenou os comentários "vulgares" de Trump sobre as mulheres, mas manteve seu apoio ao candidato nesta terça-feira.

Sem grilhõesApesar disso, Trump comemorou hoje que tiraram os "grilhões" dele.

"Agora posso lutar pelos Estados Unidos da maneira que eu quero", tuitou o candidato, que mudou várias vezes de partido ao longo da vida e já insinuou que se lançaria como independente.

Em um sinal de mau agouro para os republicanos preocupados com um apocalipse político, Trump se mostrou desafiante, taxando os "desleais" dentro do partido de serem "mais difíceis" do que Hillary.

"Atacam você por todo lado. Não sabem como ganhar - vou ensiná-los", afirmou.

Em outro tuíte, chamou o senador republicano John McCain (candidato à Presidência em 2008) de "grosseiro" por abandoná-lo após os "comentários de vestiário" do vídeo.

Seu impasse com os republicanos e sua posição ao lado de quatro mulheres que acusam o ex-presidente Bill Clinton de assédio sexual apontam o início de uma confrontação mais virulenta e de ordem pessoal.

Um duro anúncio de televisão divulgado na segunda-feira (10) mostra Hillary, quando teve pneumonia no mês passado, tossindo e tentando subir em seu carro, com dificuldade.

"Hillary Clinton não tem a força e a energia para liderar no nosso mundo", relata uma voz ao fundo.

'Guerra civil'A campanha de Hillary Clinton parece disposta a explorar o caos interno nas fileiras republicanas para retomar a maioria no Congresso - uma perspectiva difícil, mas que já não é impossível.

"Uma espécie de guerra civil está se deflagrando no Partido Republicano, mas acho que Donald Trump não se tornou candidato de seu partido sozinho", comentou a porta-voz de Hillary, Jennifer Palmieri.

Jennifer acusou as lideranças conservadoras de "legitimar" Trump e manifestou sua esperança de que os eleitores cobrem a fatura de sua insatisfação nas eleições para a Câmara de Representantes e para o Senado.

O conflito interno no GOP contrasta enormemente com a unidade atual na família democrata.

Ex-vice na chapa de Bill Clinton em 1992 e em 1996, Al Gore, de 68, sairá de sua quase aposentadoria política para fazer campanha com a ex-primeira-dama. Gore se tornou um paladino da luta contra a mudança climática, uma questão importante da plataforma Hillary e um tema de grande interesse para os eleitores jovens.

Trump "nos levará para uma catástrofe climática", alertou Gore.

"Não podemos nos arriscar a pôr um negador da mudança climática na Casa Branca", convocou Hillary Clinton.

"Confiem em mim, seu voto realmente, realmente, realmente conta. E muito", insistiu.

Acompanhado de Hillary, Al Gore falou em um comício em Miami, no estado da Flórida, onde perdeu a disputa presidencial para George W. Bush em 2000 por apenas 537 votos.

"Aqueles de vocês que são menores de 25 anos podem não lembrar das eleições de 2000 e do que aconteceu aqui na Flórida e em todo o país", comentou Gore.

"Cada voto conta", reforçou o ex-vice-presidente, falando ao público reunido na Dade College de Miami, aos gritos de "você ganhou, você ganhou", em referência à disputa de 16 anos atrás.

A aparição de Al Gore deverá servir, sobretudo, para estimular a população a ir às urnas.

Hoje, Hillary Clinton também contará com outro apoio de peso quando for para Greensboro, na Carolina do Norte: irá acompanhada do presidente Barack Obama.

Leia mais em: http://zip.net/bqtv4P
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